segunda-feira, 26 de abril de 2010

Salathiel, o maestro.

Salathiel Coelho Apresenta Temas de Novelas foi o primeiro long-pay de novela a chegar às lojas de discos do Brasil, em 1965. Foram selecionadas onze faixas musicais, que traziam a lembrança cenas das sete novelas que a TV Tupi exibia na época. Assim como o próprio nome explica, Salathiel Coelho - o sonoplasta mais evidente no início da história da telenovela, respeitado profissional na arte de sonorizar a teledramaturgia – foi o autor da seleção de canções que integravam o álbum.

Salathiel foi responsável por inovações significativas na televisão. Em vez de colocar supertemas, executados por enormes orquestras na abertura das novelas - como era de praxe nas produções nesse período -, ele colocou sob os holofotes uma música explicitamente popular “Se Piangi, Se Ridí” (que havia sido vencedora do Festival de San Remo), a melodia foi abertura de O Cara Suja. A novidade foi aceita pelo público e permanece até hoje.

O Maestro ousou, aperfeiçoou o que estava posto, rompeu com tradições pouco nacionais e colocou em seu lugar sons tipicamente brasileiros, cantado por cantores nacionais, além de construir parte do que vemos hoje como sonorização das telenovelas.

domingo, 25 de abril de 2010

A década do improviso

Marcada pela estréia da televisão brasileira, a década de cinqüenta foi fator importante para a formação de alguns costumes atuais, como a atração por telenovelas.

Iniciada em 1951, com o folhetim eletrônico Sua Vida me Pertence da extinta TV Tupi, as narrativas televisivas ganharam aos poucos seus seguidores. E já nessa história foi transmitido – ao vivo – o primeiro beijo “novelesco”, causando polêmica para a época.

A falta do vídeo tape – para antecipar as gravações –, fazia com que as novelas fossem exibidas ao vivo e apenas duas vezes por semana, aguçando assim a curiosidade dos telespectadores.

E foi com improvisos, inovações e transformações, que a telenovela brasileira começou sua trajetória. Influenciada pela radionovela, com o tempo perdeu as entonações e costumes da vertente e, além do dramalhão apresentado, produziram adaptações de textos estrangeiros, como O Corcunda de Notre Dame de Victor Hugo. Em meados da década, investimentos em qualidade de produção e tecnologia, firmaram a época percussora do folhetim eletrônico.

domingo, 18 de abril de 2010

Remakes: uma grande prova de aceitação

Grandes produções cinematográficas, telenovelas e até mesmo jogos de videogame já deixaram marcas positivas ao serem exibidas. A aceitação por parte do público consumidor é tão evidente que uma ação torna-se inevitável: a produção de remakes.

Um remake é quando se produz novamente uma história já conhecida do público e que já tivera uma produção anterior, ou mesmo mais de uma. Os casos mais comuns são de novas produções de filmes e de telenovelas.

A lista é extensa. Em produções hollyoodianas, por exemplo, temos os clássicos Godzilla (1954-1998), O Dia em que a Terra Parou (1951-2008), Lolita (1962-1997) e King Kong (1976-2005).

Em telenovelas brasileiras a grande seleção de remakes continua. Paraíso (1984-2009), Sinha Moça (1986-2006), Ciranda de Pedra (1981-2008), A Escrava Isaura (1976-2004) e, por fim, Pecado Capital (1975-1998) foram vistas e revistas pelos telespectadores brasileiros - e de outros países, como já foi tratado em outro post.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Trilhas sonoras no Oscar

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas foi criada em 1927 por Louis B. Mayer - russo por natureza mas norte-americano de coração -, a entidade é responsável pela entrega do mais famoso prêmio de cinema que conhecemos, o Oscar - cujo nome oficial é Prêmio de Mérito da Academia -, e teve sua primeira edição no ano de 1929.

Desde sua aparição até os tempos atuais "a estatueta", símbolo da premiação Oscar, adquiriu grande prestígio em seu meio. Atores, atrizes, diretores, cineastas, roteiro, fotografia, melhor filme e música são alguns dos exemplos de categorias avaliadas por um colégio de mais de 5.800 membros volantes da academia.

Os prêmios de Trilha sonora foram incorporados à cerimônia 1935, recompensando as melhores produções do ano anterior, como é feito até hoje. O primeiro vencedor foi Louis Silvers pelo filme "Uma Noite de Amor" e desde então o gênero passou a ser um dos pontos altos das noites de festas que o Oscar promove em Hollywood.

Além do prêmio Trilha sonora alguns outros atifícios de som que o cinema utiliza também são contemplados e entram em julgamento pela acadêmia. Exemplos disso são: Edição de som, Mixagem de som e canção original.

A evolução do som e a importância que as músicas têm no panorama cinematográfico hoje não podem ser questionadas, o Oscar e suas premiações são evidencias para essa constatação.